Quero ser gente boa.
Imaginemo-nos topeiras. Cegas topeiras cavando em um sentido indicado
por nossas mentalidades topeiras.
Cavamos, cavamos, cavamos, imaginando achar luz em algum outro lado,
mais graminhas verdes, ar puro, ... quando o sentido era outro!
E como não lhe faltarão outras topeiras a indicar novos outros caminhos
de desvio, oh!
Topeiras são fãs de Drummond! Como entendem bem de que “ no meio do
caminho havia uma pedra”! E ironicamente me chamo Fraga e Fraga quer dizer pedra.
É! Pedra como uma rocha qualquer, entende?!? Talvez não. Ainda mais se você,
ainda, for topeira. Dito assim, fica subentendido que já não sou mais topeira e
pressuposto também fica porque está, aqui, registrado, rs..
Levando fui a vida, cavando também, olhos fechados e lembrando de quando
caminhava na praia e ao retornar ouvia: - Oi! Tudo bem? E o mar está
calmo? Como era constrangedor responder
no automático:- Oi! Sim! Ok! Com toda a vergonha de não ter visto o mar, o personagem
principal da praia. Olhava meus pés molhados, areia grudada, testificando que
toquei nele, e nela, porém a lembrança não estava comigo. Meus olhos o viram
por certo, mas não registrei a paisagem! Viro meus olhos para cá e para lá para
ativar meus softwares. Chave de casa na mão, andando para não ficar parada e
nada de lembrar do mar.
Pouco depois, ao sair do estágio topeira, e chegar ao estágio preá, eu
escrevi um livro : “Era de aço e não sabia”, qual o quê? Logo que o concluí,
tive a mais braba crise de labirinto sem nem sequer saber do que se tratava. O
que me fez entender que não sou de aço coisíssima nenhuma! Sou de carne e osso,
sou humana! Mas, ainda me achava o máximo! Era uma preá! A mais honesta, a mais
forte, a mais... até ter bronquite e
dores na coluna!! Chiiii!
Aí, os pontos de interrogação começaram a cair em minha cabeça como uma
chuva de granizo daquelas que fazem você correr para a marquise mais próxima, a
casa está longe, ainda. Pedras caindo! De novo essas pedras? Sou pedra, sou
rocha! Só que não quero esmagar, quero ser tijolo! Quero construir!
Virei professora. Preciso saber o que falo e escrevo e sobre o que falo
ou escrevo. Quem mexe com o saber para si é uma coisa, mas para os outros é
outra e ainda mais adolescentes... ser formadora de opinião sem permissão para
tal
É Fó... fogo! Mediadora, mediadora
é a palavra! As palavras devem ser bem analisadas por mim antes de saírem de
minha boca: -Parem de brigar!!! Que pô... porcaria ! -Guardem os celulares e não
conversem em aula, que mé.. meleca!
E a vida não está mole para
ninguém!
A brincadeira da topeira foi só para vocês
olharem para o mar. Se não houver mar olhem para as flores, borboletas. Beijem
cada filho seu como se fosse o pródigo, dancem como se ouvissem música e a
cantem para Deus em agradecimentos.
Eu estou em obras, pedra a pedra, ops! Tijolo a tijolo em um desenho
mágico seguindo a palavra Dele e querendo virar gente boa. Que hoje seja um dia iluminado para todos
nós!
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